quinta-feira, 30 de outubro de 2008

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Cada dia que passa, mais percebo a necessidade de limites bem estabelecidos nos meus relacionamentos. Primeiro que isso não protege só a mim, mas as pessoas envolvidas também.
Não foram poucas as vezes que entrei em apuros por não respeitar ou agir com limites em algumas circunstâncias e pessoas...

Tem gente que não tem o tal do "desconfiômetro, nem do paraguai", entram na vida da gente sem pedir licença e vão dando palpites, cobrando, falando qualquer coisa com qualquer liberdade e não-tão-nem-aí...
Mas até esses só fazem "Bis", quando não são devidamente avisados que se repetirem a fala:
- Não vai ser nada agradável o resultado da próxima vez.

As pessoas só vão conosco, até onde nós deixamos. E normalmente avançam, por que não queremos magoá-las. Sim . Esse tipo de gente se magoa na mesma proporção de sua inconveniência, e se pegam nisso pra escapar de fininho e ainda te acusar de grosso, mal humorado ou coisa que não o valha.

Sabe as vezes também a pessoa é assim e não sabe, não se da conta disso; e nesse caso é muito legal falar abertamente, especialmente se é alguém próximo. Ao menos livra a figura de levar uma mãozada na cara de alguém menos tolerante.

Sou totalmente a favor de avisar e que me avisem: Não curto brincadeiras assim, não gosto de falar sobre isso, isso me desagrada profundamente... pronto!

Isso eu falo em casos gritantes, mas tem aqueles que você precisa estabelecer um limite sutil.

Quando a pessoa tentar entrar em áreas não permitidas pra ela, mude de assunto:
- Fale da lua, do sol, da chuva ou falta dela, fale mal da Globo, fale qualquer coisa... mas fuja descaradamente pra que no Hiato a pessoa perceba... Foi Mal!

Note a importância das placas:

"A coordenadora da escola de meus filhos estava contando um episódio com meu menino de sete anos, onde ela foi chamar a atenção dele e de um grupo de amigos, que na hora do recreio estavam brincando numa área da escola que não era permitida.

- Eu disse pra eles que saíssem de lá pois não era permitido brincar ali sem a supervisão de professores... dai ele veio falando em nome da turma e ainda saí de culpada !

- Tia, não tem nada avisando lá que não pode, nem placa, nem faixa de aviso, nada então a culpa é sua que não fez isso, isso é trabalho seu e não da gente adivinhar onde pode e não pode brincar...
Simples assim !!


Me inspirei num texto da Jana que comentei, pois assim como ela, recentemente passei por algo assim: tipo, não sinalizei antes e me aborreci muito.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Expressividade, sinais e mais coisas acho...

terça-feira, 28 de outubro de 2008



A efusão de pensamentos borbulha cabeça afora e não tem como evitar, na verdade nem quero... Afinal, quanto mais me expresso, mais vontade de expressar tenho, e o diagnóstico da história é :
- Sou um expressivo crônico!


Tenho percebido que minhas inquietudes podem ser produtivas ao invés de amansadas. As inquietudes viram doença, se não nos permitimos falar com tudo a que temos direito.Temos sempre em nós a obrigação - ainda que velada - de sermos conexos o tempo todo, e isso é um saco. Aliás um verdadeiro chute nele ou para a parte feminina entender: um soco nos peitos. Reza a lenda que é a comparação mais correta, bem nunca saberemos, pois, ou se tem um ou o outro - peito de homem é diferente - graças a Deus! muita coisa pendurada junta deve fazer mal pra coluna, apesar de que me lembrei de algo:
- Não sei se peito de travesti dói igual ao das mulheres, mas vá saber?! a ciência evoluiu tanto que pode produzir facim, facim um peitão dolorido de silicone ou coisa que o valha.

Falando nisso, em expressar-se com tudo o que se pode e de peitos, me lembrei de um filme que sempre passava nas sessões da tarde - no tempo que existia tarde - o filme chamava-se "Elvira a rainha das trevas". Engraçado lembrar da performance que ela fazia no final, usando uns penduricalhos na ponta dos peitos e fazendo malabarismos com estes, que se moviam na direção horário e anti simultaneamente. Depois cada um ia pra um lado em movimentos opostos, algo que só mesmo alguém que tem muito peito pode fazer.Não dava nem pra moleque erotizar de tão "Du Soleil” que era, se fosse tentar mais tarde - em alguma aventura solitária- iria ficar tonto pensando naquelas bolonas girando indiscriminadamente.

Admiro quem se expressa com facilidade - uma vez peguei um ônibus e fiquei sentado ao lado de dois caras surdos que conversavam com linguagem de sinais. Quase enlouqueci de tanto que eles falavam! era sem parar. Tinha um deles que era do tipo gozador e contava umas piadas com mãos de maestro, que fazia o outro quase rolar de gargalhadas silenciosas, e eu ali me sentindo
excluído, invejoso por não poder rir do que eles compartilhavam...
Embora, algumas vezes tivesse a nítida impressão de que eu era o alvo de muitas daquelas risadas pois deviam sacar que só eles e a Xuxa sabem linguagem de sinais. Hahaha sarcasmo escancarado!
- E outra: acreditem! surdos também podem ser malvados.

Sei que no final já estava cuspindo fogo por causa daqueles tagarelas. Como em tudo nessa vidinha maomeno: expressividade demais também sobra. Especialmente quando a pessoa que está ao lado não sabe a bendita linguagem de sinais – não aqueles sinais pelo menos - e está indefesa .
Já me disseram que eu canto com o corpo também - que bom, isso me deixa muito feliz! pois com a alma eu tenho certeza. E se o corpo não acompanhasse a expressão interior... me sentiria uma marionete de mim mesmo.


segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Machos, machismos e outras coisas juntas...

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Machos são 100 % "fálicos e vaginais", portanto passam muito tempo lidando com membros "inferiores"... Saiba que a expressão é usada exclusivamente no sentido de coisas que ficam abaixo da cintura.

As mulheres inteligentes são ameaçadoras pra estes - no caso sendo estas o objeto do seu desejo - pois começam a broxar os "ditos cujos" no cérebro e conseqüentemente a letargia se direciona para a parte principal de sua latejante - ou latente - existência...

Cara na boa! mentalidade broxa é imune a viagra, garrafadas e ao lendário ovo de codorna, claro! ninguém merece... ou merece ?!
Chega, enchi desse papo!
Foto: Fernanda Young para ilustrar o segundo parágrafo.

domingo, 26 de outubro de 2008

Série: A decadência do machismo e mais coisas juntas...

domingo, 26 de outubro de 2008

Das coisas que menos suporto na vida é o tal do machismo. Interessante que essa praga existe onde não faz o menor sentido - se é que em algum lugar teria que fazer - existe uma infinidade de mulheres machistas, e pasmem! inclusive gays e lésbicas.

Já ouvi algumas donas falando que seus maridos não deixavam que elas comprassem nada de vermelho pro enxoval do "bebê menino", por que era coisa de "boiola"...

- Que raio de cor tem o sangue dessas mulas? verde musgo?!

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Efusões, livrarias e outras coisas juntas...

sexta-feira, 24 de outubro de 2008


Sou detalhista, exagerado, muito falante, bem humorado na mesma proporção que o inverso dessa lista... acho que rigorosamente na mesma proporção. Exagero!
Sou ótimo ouvinte desde que você me deixe falar alguma hora... Amo falar, por isso tenho dificuldades com terapia, somente porque odeio quando o tempo acaba, e depois me sinto ridículo de pagar uma pessoa pra me ouvir tagarelar, ao mesmo tempo que amo fazê-lo e acho essencial quando se precisa.
Mas não sou prolixo nem falastrão, por outro lado estou longe de ser lacônico... na verdade sou uma enxurrada de informações, penso mais rápido do que falo... mas isso melhorou, e como melhorou!

Uma outra característica: sou tímido, do tipo que chega nas festas escolhe a primeira pessoa conhecida que vê pela frente, senta e conversa com ela, as vezes dou o azar de pegar o plantão da mais chata, lógico que sempre me arrependo, mas preciso disso porque só assim consigo me ambientar pra depois cumprimentar as outras pessoas... Não me pergunte como enfrento uma platéia com a maior naturalidade do mundo.

Outra coisa, penso que bibliotecas e livrarias são lugares sagrados onde o silêncio se auto-impõe, deixei de freqüentar uma livraria por que os vendedores cometiam o sacrílego ato de falar berrando, além de fazer brincadeiras babacas uns com os outros, imagino que o último emprego deles deveria ter sido numa feira livre. Também já fui encontrado por uma pessoa efusivíssissima numa livraria, se ainda fosse na anterior, apresentava pros vendedores e saia correndo, mas nessa quase dava pra meditar de tão silenciosa, o que piorou a situação.

Tenho dificuldades com gente efusiva, não sei o que fazer perto delas, acabo virando o "animalzinho nas mãos da Felicia", dai elas podem fazer o que bem quiserem pois perco a ação.
Falando nisso, estava eu andando pela cidade, quando vejo a muitos metros de distância uma dessas efusões ambulantes, vindo em minha direção com um sorriso orelha a orelha, e já conversando comigo de lá...
Entrei em pânico pois não me lembrava nem de longe - literalmente - quem era a tal senhora... Quando chegou perto me abraçou, beijou, e falou, falou e falou !! me perguntava sobre a família citando nomes e eu em estado hipnótico pensava...
- Lembra, lembra, lembra!!...quem é essa dona Jesus?!!
Não precisei lembrar, ela dali mesmo me abraçou e beijou novamente, desejou felicidades e "lembranças" a todos e foi embora feliz da vida... simples assim.
Quanto a mim?!
Fiquei o resto da tarde, me torturando pra lembrar quem era a desconhecida festeira que sabia até meu nome.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Dias gris, elefantes e homeopatas.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Certa vez fui a um homeopata pra tratar minha riníte alérgica e outras chatices. Se bem me lembro o consultório ficava em uma parte da cidade, que pra mim não fazia sentido algum...
Achava que médico bom tinha que ter consultório no centro da cidade. Consultório numa casa e num bairro residencial?! bem de qualquer forma deveria ser parte das excentricidades do homeopata... com certeza se eu fosse um teria muitas.
Pra mim eles são quase transcendentais, me incomoda profundamente encontrar o homeopata de minha filha num barzinho com a esposa, ou andando nas ruas normalmente, ou comprando pão??!!
Sacrilégio!!! será que ele não sabe que esse povo não pode fazer isso? eles só existem ali na salinha de consulta, e fazendo cara de que sabem tudo e podem curar qualquer coisa crônica com seus vidrinhos e bolinhas manipuladas, aliás preferecialmente dose única.
Homeopata tinha que sair de casa em elefante indiano pintado. Sim! os homeopatas sabem coisas da alma, e os elefantes também ...
Voltando a minha consulta, lembro-me da pergunta que marcou essa minha experiência:
-
Como é um dia perfeito pra você?
Sem demorar absolutamente nada respondo:
- Um dia nublado, de preferência sem chuva!
Ele deixa escapar um ... Curioso!? e me pergunta:
- Por que?
-Não sei doutor, apenas gosto, eles funcionam como um dia bem ensolarado pra quem gosta desses.
Bem o final da consulta na verdade desembocou em muitas anotações e uma receita de ingestão diária, horas e horas seguidas. Que obviamente deixei pra lá...
Mas desde então, percebi mais os dias nublados e frios, ah! como são lindos ! e como me deixam disposto, gente que gosta de sol não consegue entender esse meu gosto gris, mas eu também não tento explicar, tem coisas inexplicáveis, que variam de humano pra humano.
Já temos tanta dificuldade com o que é explicável, já dá tanto pano pra manga tentar explicar o que está na cara, quanto mais o que não está, melhor apenas viver respeitando as esquisitices alheias e as nossas, claro!
Acho que um dia vou cantar em algum show "Uma louca tempestade", que foi gravada pela Ana Carolina .
Afinal entendo bem de tempestades, e essas que viram "tsunami do bem", tem o efeito similar ao dia em que Bob Esponja e Patrick, foram pintar a casa do Sr. Sirigueijo... Jogaram o balde pro alto e a casa ficou surpreendentemente bem pintada, você duvida? !
A vida e as tintas conspiram a nosso favor... Elefantes e homeopatas também.
Nota:
Uma louca tempestade composição de Totonho Villeroy e Bebeto Alves

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

PUTZ!!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Essa postagem deveria ser pra comemorar minha volta ás caminhadas... mas não será, vou desabar nela a torração de saco, pela qual passei hoje, aliás ontem.
Ah! segunda-feira o dia de todos os inícios, me preparei para o grande retorno! recarreguei meu inseparável Mp3, troquei o repertório - o que nunca é fácil - pois se fosse ouvir todas as músicas que programo numa caminhada só, precisaria ir a pé pra Serra talhada.

Pois bem, deu o horário... e meu corpo dizia:

- Vá! ... mas vá amanhã ou então deixa para dia primeiro de Janeiro, é um ótimo dia pra isso também...Fui mais forte e venci a letargia sedentária que queria se apoderar de meu corpo ou ficar nele.

Tudo ia muito bem, ja estava me sentindo meio endorfinado, até que uma coisa sai fora do script...

Preciso voltar ao passado aqui e me lembrar de tempos nérdicos, pré-adolescentes, mudanças cruéis, onde minha fase garotinho bonito, desapareceu completamente entre pêlos, voz, e algumas espinhas.E na mutação sobrou um palito de 44 Quilos, com um estranho cabelo meio ressecado penteado pro lado e um uniforme escolar desenhado pelo diabo.

Cara que fase sinistra! ... e meus amigos? tão "strangers" quanto eu, eles eram normalmente muito acima do peso ou abaixo dele, ou usavam óculos fundo de garrafa, ou era um menino que fui descobrir que era menina no segundo semestre, olhando a carteirinha que ela?! deixou sobre a mochila, enquanto ia bater uma pelada com os outros moleques... outros?!
Bem nessa fase tem sempre o bonitão popular da classe, que na minha turma, não era muito chegado a beleza, mas tinha bom papo e era inteligente (?) ou as meninas davam cola pra ele?! agora ficou uma dúvida no ar?! sei lá... mas o que sei é que ele era muiiito popular até em outras salas e eu... invisível até na minha.

O que me intrigava é que ele era apenas simpáticão, embora feioso, mas fazia muito sucesso com as meninas, professores e com ele mesmo claro! e eu achava que era preciso muito mais do que isso pra fazer algum sucesso, embora isso pra mim fosse irrelevante e altamente suspeito, pois pra quem tinha medo de responder até a chamada em voz alta...

Passando essa fase, eu já estava maior e menos esquisito, mas continuava um palito e o cabelo menos pro lado, já havia perdido contato com todos esses colegas e anti-colegas fazia algum tempo.
Lembro-me que certa vez subia a escadaria Maria Ortiz, para uma consulta médica, na cidade alta e estava acompanhado de minha mãe. Lembro também de estar momentaneamente surdo dos dois ouvidos por conta de uma otite das brabas - e adivinhe quem vinha descendo as escadas e nos encontra no meio?! o pop star da minha antiga sala de aula! sim ele mesmo, em carne e osso...Muito simpático até se lembrou de mim e me estendeu a mão, falando alguma coisa que para meu estado, era pura mímica - pois não ouvia nada - e ele muito constrangido olha pra minha mãe e pergunta - e não sei como, mas isso eu entendi:

-Ele tem algum problema?! que traduzindo era: virou autista? falando assim parece até que é opção né?! Minha mãe explicou da otite e eu me senti mais idiota ainda com a cara de pena que ele fazia ...Coitadinho além de mudo agora ficou surdo!Não acredito em Karmas, reencarnação e coisas do gênero, mas se acreditasse, esse cara faria parte de algo que eu estaria pagando por essas bandas de cá...tipo, encontros cíclicos, que teremos que fazer até que um dos dois - no caso eu - seja purificado e suba um degrau no jeito pop de ser.

saindo do flash back e voltando para hoje e para minha Caminhada - "the return", atravesso curiosamente a frente de um hospital e quem pula na minha frente?! surgindo do nada, parecia me esperar ali de tocaia desde aquela época: ele!!! meu - agora mais velho - colega pop star!

-Olá Robson!! quanto tempo?!! me estende a mão...e eu tive quase um "Deja vu", pois estava de fones nos ouvidos e a cena voltou a minha mente... Rapidamente os arranquei e respondi logo, antes que ele pensasse que eu tinha ficado surdo mesmo.

Fiz as perguntas que se faz nessas horas : Como vai? o que faz da vida? casou? e ele respondeu a todas e quando achei que fosse fazer o mesmo comigo, me olha de cima abaixo e faz aquela cara que fez anos atrás e exclama em tom baixo e cheio de perplexidade:

- Caramba como você engordou hein?!!.Nessa hora de fato, desejei ser surdo e saber linguagem de sinais, ah! e como desejei...
A figura tinha duas armas a seu favor que naturalmente neutralizaram qualquer comentário meu, até um obrigado que fosse...

A primeira: ele é daquele tipo "felicia", sim, bem efusivo! se você leu meu post sobre isso sabe como me comporto na presença de gente assim...sabe aquele coitado do "Ken", namorado da Barbie, que quando cai nas mãos de garotinhas malvadas, vira uma verdadeira "drag queen" de tanta pintura que elas passam nele, putz!!A segunda arma era aquele dente esverdeado, que ele tem desde a época de escola, que me fez lembrar o motivo pelo qual a maior lembrança que tinha dele era a boca, pois assim como era antes foi agora... não consegui tirar os olhos daquela esmeralda.

Quando comentou de minha "Gordura"- que nem é tanta assim- me deu um rápido tchau e foi embora... e sai dali pensando:

- Daqui há muitos anos vou estar velho e provavelmente terei uma bengala e ai se encontrar com ele...

Mas graças a Deus meu fiel escudeiro Mp3, mais do que depressa lascou a música que fecha a trilha sonora de "Hair" e ao som de um coro hippie/gospel, escuto...Let the sunshine! Let the sunshine in! The sunshine in!!... que assim seja em mim e no meu ciclico e pouco educado amigo pop star.

Mas no final o que importa é que voltei a caminhar, OPA! quase esqueço, houve outra coincidência ainda...

Encontrei minha mãe no trajeto de volta, fazendo a caminhada dela também, e agora concluo que poderia ter sido pior, ainda bem que ela não estava comigo no tal encontro, pois ele poderia perguntar pra ela se referindo a mim:

- Além de surdo, ele tem problemas de compulsão alimentar?! veio fazer redução?!


Observação importantíssima: estou apenas uns 10 quilos ou menos, acima de meu peso normal, só pra constar, o moço se lembrava de mim com corpo de adolescente da etiópia.O tal menino que era menina na verdade, mais tarde vi um notícia no jornal que estava se destacando no futebol feminino, usando o apelido de "Pelezinho".

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Liberdade de expressão sim!!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Estava ouvindo uma de minhas trilhas sonoras preferidas, a do musical "Hair" de 1979 e acabei viajando nela e refletindo no efeito censura, AI-5, ditadura, etc...Dai lembrei das perdas que tivemos, especialmente no aspecto artístico e cultural pela seqüelas de movimentos repressores, quer fossem militares, políticos ou religiosos.
- Fiquei triste...
Me entristeci pensando na "disseminação estéril" que isso provocou, embora muitas pérolas tenham nascido desses atritos injustificáveis, afinal as pérolas nascem assim mesmo, nascem na atitude de defesa, nos anticorpos que a vida cria pra continuar viva.
Não posso deixar de pensar na geração que veio após esse período, ou cresceu nele, como eu por exemplo, no quanto que isso refletiu nas entranhas da família, lugar que essencialmente deveria ser um organismo de sensibilidade, criatividade, aceitação e somando tudo amor.
"O lar doce lar" absorveu os certificados de outros, ditando o que aquele povo, que morava naquela casa poderia ver, ouvir, ler, pensar e o que ensinar aos filhos sobre boa educação e "valores morais".
Reclamamos do aumento da marginalidade, da violência e buscamos saída futura sem olhar pro passado recente que nos envolve e assombra, onde os "marginais" eram os que apenas não concordavam, os que queriam liberdade de ser, pensar, escrever, ler, cantar e até de ficar... sim, aqueles que entendiam que "A moral e os bons costumes impostos" serviam apenas pra defender o passe livre no grande baile dos mascarados.
Esses "marginais poetas" perderam lugar para outros, do tipo que controlam as vidas do alto das favelas, com seu toque de recolher... percebe o mecanismo? mas estamos falando de quem? dos censores ou dos marginais? me perdi... O que sei é que o fator bélico hoje é mais poderoso e esses novos guardiões "daquilo-que-eu-quero-que-você-faça" ao menos usam máscaras visíveis...quando usam.
Pois é! a dona censura ganhou aliados nas casas, nas famílias, nas escolas e amizades e muitas das pequenas ostras desse período negro, se debateram com força, pra expelir o intruso maior do que elas, e antes mesmo que elas se soubessem alguma coisa, produziram pérolas que não podiam suportar; e explodiram em mortes precoces, deixando um vazio de possibilidades que poderiam ser simplesmente perfeitas e impactantes quando atingissem maturidade.
A censura tem como alvo principal tolhir, impedir o dialogo maduro, das discordâncias, das escolhas, da aceitação das diferenças, e aqueles que resolvem lutar sozinhos e inadvertidos contra ela, viram perseguidos profissionais, quase esquizofrénicos, "ex-combatentes do vietnã", daqueles de filme que vivem surtados... a guerra não sai deles, nunca acaba, sentem a ameaça de todos os lados, até onde o agente é apenas bom senso e busca de equilíbrio.
Penso que esta é a hora de gerar novos pensadores, formadores de opinião, pessoas com liberdade de escolha e de expressão, que todos nós, possamos usar as teclas do controle remoto e escolher o que vamos mandar alma adentro, deixar de sermos guardiões e extensões do medo e da intolerância alheia, deixar de assumir frustrações e escolhas que não fizemos, apresentar gregos a troianos, e deixar que eles se f *...censurado.
Vou te contar um segredo:
- Eu faço guerrilhas sutis, mando mensagens subliminares, critico "anpassan", faço sim! e acho muito bom, e quem tem olhos leia ... quem tem alma decifre ou do contrário te devorarei...
-Nonsense !? talvez.... por quê não?
”Título Original e no Brasil: Hair
País de Origem: EUA
Gênero: Musical
Ano de Lançamento: 1979Fox Filmes
Direção: Milos Forman

sábado, 18 de outubro de 2008

Inadequações

sábado, 18 de outubro de 2008

Semaninha estranha essa... um dos motivos foi o velho sentimento de inadequação que vai e vem sem avisar - e nessa onda cheguei a uma importante conclusão: cansei de pegar carona na depressão e ansiedade pra justificar esse e outros sentimentos.
Essa coisa de ser refém em potencial do que quer que seja putz! vicia, e gera um cinismo descarado, eu tenho avaliado todas as codependências e parcerias do mal em mim e meus sensores novos não param de piscar freneticamente.
Domingo estava brincando e fotografando bobeiras com uns amigos e um deles colocou uma paninho branco na cabeça, simulando um terrorista e eu ajoelhado como se fosse um refém...??!!!
Subconsciente é um trem sinistro, pois ontem um desses amigos me mandou as fotos e hoje olhando uma delas com calma e sem sono, me deparei com uma cena patética...Um refém com cara feliz e cínica!.
Meu Deus a que ponto cheguei?! imagine, tô dando bandeira radical tipo "lenda de fantasma que aparece em foto"...
- Valei-me Padre Quevedo!
Pense numa cara meio feliz, meio de bobo, com um ar de cinismo - meio monalisico - na boa... pra mim nada tem de misterioso naquele sorriso dela, que se concentra todo nos olhos, diga-se de passagem.
Quanto a minha foto? foi bem positivo e ao mesmo tempo surreal perceber isso - mais do que uma viagem paranóica - foi uma sacada boa, de que to mais aguçado, mais esperto quanto a minhas tramóias internas contra mim mesmo.
Semana passada cheguei atrasado ao ensaio do "Corda", e quando saí do elevador, ouvi os caras ensaiando... nossa tava lindo, perfeito! e eu não estava lá... adivinhe o que senti?! isso mesmo...
I N A D E Q U A Ç Ã O , aí junto, vem as neuras de sempre - sou um cantorzinho cretino - mentira - tenho dificuldades com notas graves - a maior das verdades - não toco nada - verdade - e o grupo pode virar instrumental que vai muito bem obrigado! - despeito puro .
Acho que ninguém lida bem com a realidade de não ser insubstituível, embora tenha que admitir, que essa percepção é uma ótima aprumadora, claro que é muito cruel, mas nos torna mais honestos e corajosos com todas as possibilidades ao invés de simplesmente fugir ou evitá-las.
Nesse momento, minhas disparidades, paradoxos, equívocos, medos, não me obrigam mais a tomar decisões que não quero tomar e nem me arrepender do que não preciso, e vejo as pessoas menos ameaçadoras a medida que também me ameaço menos.
Definitivamente não tenho dom pra ser refém de minha história e escolhas que fiz, e conseqüentemente nem das histórias e escolhas alheias. Embora seja óbvio que não se escapa ileso a essas coisas, ainda assim podemos sofrer menos, por total escolha... acho que isso deve ser amor próprio.