sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Obviamente tudo o que vou escrever aqui é apenas pela ótica de um ser observador compulsivo do alheio e de mim mesmo, lógico. Admito, sou um voyeur da alma humana…
Não acredito na lenda da alma gêmea, nunca acreditei e acho completamente sem sentido me deparar com testemunhos desse tipo. Normalmente seus defensores são cheios de discursos passionais e fantasiosos. Não rola… hoje prefiro me calar quando tal assunto entra na pauta de qualquer grupinho.
Relacionamentos precisam ser construídos (okay lugar comum!) e o indivíduo precisa ter espaço pra edificação de si enquanto compartilha sua vida com outro. Relações que represam a essência do ser de cada um, ou de um deles, fazem a aridez manifestar em uma pessoa desconhecida de si mesma.
Existe uma diferença absurda entre individualidade e individualismo, e isso já tá tão misturado e confuso que uma insegurança crônica se instalou na maioria das relações. Conheço pessoas que se abandonaram por conta de casamentos e relações que sugaram suas vidas e histórias como se tudo o que elas eram antes não contasse como sendo algo de valor.
Existem relações onde as pessoas envolvidas tem o poder de extrair da outra o pior que ela tem, ou uma da outra… essas uniões são maléficas e é assustadora a quantidade de pessoas acorrentadas a elas. Conheço gente que quando era solteira, exalava alegria, bom humor, juventude e beleza… mas ao unir-se a um individuo “incompatível de alma” perdeu o brilho e se tornou um refém daquela relação manipuladora.
Já comentei aqui que acho absurdo ouvir pessoas que vivem na eminência de uma separação e que alegam matar um leão por dia para permanecerem casados… Gente! relacionamentos (todos) tem atritos, desencontros, picuinhas mas por conta de valores maiores o ponto comum se manifesta trazendo acordo e paz na alma de todos os envolvidos.
O conceito religioso, a fábula do “felizes para sempre”, e a opinião dos outros tem enclausurado casais numa masmorra de solidão interna onde as projeções se cruzam e se confundem numa busca velada de identidades que foram abandonadas em algum lugar da historia de “ nós dois…”
Não acho que a assinatura do divórcio seja solução crucial para todas as relações, não… na verdade divorciar-se do outro é menos difícil do que o divórcio de si mesmo, as vezes por toda uma vida, ainda que na maioria das vezes aconteça com o outro lado da cama devidamente preenchido… será que vale a pena?
Perguntas cruéis… (Momento revista capricho)
-Você abandonou, sua carreira, seus sonhos, seus amigos quando começou seu relacionamento e sem perceber ou percebendo assumiu os amigos, a família e a vida do outro?
- Você acredita que quando os filhos vazarem pra viver suas vidas o som dos grilos vai fazer sinfonia na sua casa?
- Você consegue sentar com seu parceiro (a) e conversar horas sobre várias coisas afins e rir muito com ele (a)…?
- O papo só flui quando é voltado para os assuntos dela (e)
- A maior intimidade de vocês é quando fazem sexo?
- Você já se pegou pensando “Ainda bem que tenho meus filhos”…
- Ele ou ela te manipula, ou seja consegue te levar no papo de um jeito ou de outro e quando você se dá conta, faz tudo o que ele ou ela quer? valem ai ameaças de separação, greve de sexo, doenças terminais com efeitos especiais de sonrisal na boca, ou então fazendo a Lilian : “sou rebelde por que o mundo quis assim…”
Desculpe… cê tá ferrado! Acorda Alice! o coelho branco é um grande hijo de la puta… para de correr atrás dele e Seja ou “Seje” se prefererir!!!!
Você deve fidelidade a você, do contrário não vai conseguir oferecer isso a ninguém… sempre vai ser pela metade. O lance é serem duas laranjas inteiras que se completam e não metades que deixaram metades abandonadas pelo caminho… pode acreditar a metade de você que foi abandonada está te fazendo a maior falta…se ainda não percebeu, perceba antes que ela apodreça em algum atalho de sua história.Quer saber?por a culpa nos filhos (se tiver , e que vão dar linha depois pra viver a vida deles) fica feio né?!
Alimentar doença dos outros serve de álibi para as nossas… eu hein?!!
E outra… se a relação acabou em clima de paz, seja generoso (a) deixa o outro livre… manipulação movida por sentimento de posse faz a Escrava Isaura pular no túmulo! …é isso é sutil hein colega?! as vezes…
Chega, tô muito auto-ajuda né não?
Ps Escrevendo isso quase numa psicografia (hehehe) e não to com saco pra revisar, sorry … mas o sono veio com força agora…
7 contribuições para o avesso do Blog:
Muito bom seu post, querido! Acho que vale a pena estar com alguém quando o saldo de tudo é positivo, caso contrário vira doença.
E vale a pena estar sozinho, se isso te traz paz e não te incomoda. Cada caso é um mesmo...
Beijocas
Estar com alguém é um exercício mútuo de conquista diária
Abração
Serginho disse tudo!
Psicografar é preciso! hahaha
Mas mesmo assim, mesmo sabendo que não existem fórmulas, almas gêmeas, e todas essas coisas, esses relacionamentos tidos como destrutivos funcionam pra algumas pessoas...
Não é o muitos queremos pra gente, mas pode ser o que alguém quer para si, tem doido pra tudo nesse mundo...
Abração Robson!
Verdade precisam ser ditas e você as disse..rs
Simples e direto.
Linda semana.
Abraços.
Tudo isso faz sentido enqto existe amor, mas, infelizmente um dia, ele acaba...só não podemos deixar acabar o respeito um com o outro.
Gostei do post!
A expectativa que temos nesses dias que antecedem o natal é tão prazerosa quanto o próprio Natal.
Expectativa de receber uma msg de um amigo ausente... de rever parentes distantes... pessoas que estimamos... de sentir o carinho da família e de percebermos que, o amor move a nossa vida e que não somos nada, sem o carinho daqueles que nos cercam e nos são queridos.
Tenha um Feliz e Abençoado Natal junto aos seus!!!
Beijo carinhoso,
Branca.
Cruel, mas verdadeiro....,mas tinha que mexer com o coelho da Alice? Abraços
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