terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Sobre réveillons

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

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Claro que esse post “ultimo dos moicanos” teria como tema: Réveillon! adoro réveillons, principalmente quando são internos e explodem de dentro pra fora com fogos que deixaram de ser artificiais e são reais, concretos e sem ilusão de ótica…

Esse que vem ai , resultado de todos os que vieram no decorrer desse ano que está acabando, vai me achar melhor …ah se vai! e com menos promessas pro ano que vem.Não quero me alimentar de possibilidades, quero vive-las ou continuar vivendo.Fazer planos também não.Um dia de cada vez serve pra tudo… qualquer coisa que já venha com cheiro de urgência liga meus alarmes internos de auto-defesa.

Também não é uma desculpa pra mergulhar na letargia indolente da alma, não isso não, nunca mais… quando se avança através de suas portas e fechaduras antes  emperradas, não existe possibilidade de ficar parado, especialmente quando se é claustrofóbico.

Resgatar o direito de ser é um alvo a perseguir, talvez ai venha minha contradição quando falo de não fazer planos, assumo, tenho um plano sim.Continuar resgatando esse direito sem protestos públicos, sem motivações outras que não sejam a simples comunhão comigo e com minha verdade. Tem gente que “é “para os outros,  eu quero “ser” pra mim…

Falando em claustrofobia , resolvi usar a minha a meu favor e como tenho falado nos meus últimos e escassos posts, ando deletando quem me ameaça a alma. Minha ultima descoberta é que gente com instabilidade de humor me adoece, aliás sempre me adoeceu e eu não me dava conta. Pessoas assim causam  nas outras um sentimento terrível de refém, além de detonar com a auto estima gerando uma insegurança assassina… isso pra mim tem aquele efeito do elevador preso no andar…arghhh deixa eu parar por aqui que esse papo me assusta! só sei que quando a porta abre eu sou o primeiro a mergulhar pra fora. As vezes literalmente!

Um lindo 2011 pra todos!

E sejam… ou melhor! sejamos!

 

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Sobre relações, casais, casamentos e laranjas…

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
bloodyorangesatsun-thumb
Obviamente tudo o que vou escrever aqui é apenas pela ótica de um ser observador compulsivo do alheio  e de mim mesmo, lógico. Admito, sou um  voyeur  da alma humana…
Não acredito na lenda da alma gêmea, nunca acreditei e acho completamente sem sentido me deparar com testemunhos desse tipo. Normalmente seus defensores são  cheios de discursos passionais e fantasiosos. Não rola… hoje prefiro me calar quando tal assunto entra na pauta de qualquer grupinho.
Relacionamentos precisam ser construídos (okay lugar comum!) e o indivíduo precisa ter espaço pra edificação de si enquanto compartilha sua vida com outro. Relações que represam a essência do ser de cada um, ou de um deles, fazem a aridez manifestar em uma pessoa desconhecida de si mesma.
Existe uma diferença absurda entre individualidade e individualismo, e isso já tá tão misturado e  confuso que uma insegurança crônica se instalou na maioria das relações. Conheço pessoas que se abandonaram por conta de casamentos e relações que sugaram suas vidas e histórias como se tudo o que elas eram antes não contasse como sendo algo de valor.
Existem relações onde as pessoas envolvidas tem o poder de extrair da outra o pior que ela tem, ou uma da outra… essas uniões são maléficas e é assustadora a quantidade de pessoas acorrentadas a elas. Conheço gente que quando era solteira, exalava alegria, bom humor, juventude e beleza… mas ao unir-se a um individuo “incompatível de alma” perdeu o brilho e se tornou um refém daquela relação manipuladora.
Já comentei aqui que acho absurdo ouvir pessoas que vivem na eminência de uma separação e que alegam matar um leão por dia para permanecerem casados… Gente! relacionamentos (todos) tem atritos, desencontros, picuinhas mas por conta de valores maiores o ponto comum se manifesta trazendo acordo e paz na alma de todos os envolvidos.
O conceito religioso, a fábula do “felizes para sempre”, e a opinião dos outros tem enclausurado casais numa masmorra de solidão interna onde as projeções se cruzam e se confundem numa busca velada de identidades que foram abandonadas em algum lugar da historia de “ nós dois…”
Não acho que  a assinatura do divórcio seja solução crucial para todas as relações, não… na verdade divorciar-se do outro é menos difícil do que o divórcio de si mesmo, as vezes por toda uma vida, ainda que na maioria das vezes aconteça com o outro lado da cama devidamente preenchido… será que vale a pena?
Perguntas cruéis… (Momento revista capricho)
-Você abandonou, sua carreira, seus sonhos, seus amigos quando começou seu relacionamento e sem perceber ou percebendo assumiu os amigos, a família e a vida do outro?
- Você acredita que quando os filhos vazarem pra viver suas vidas o som dos grilos vai fazer sinfonia na sua casa?
- Você consegue sentar com seu parceiro (a) e conversar horas sobre várias coisas afins e rir muito com ele (a)…?
- O papo só flui quando é voltado para os assuntos dela (e)
- A maior intimidade de vocês é quando  fazem sexo?
- Você já se pegou pensando “Ainda bem que tenho meus filhos”…
- Ele ou ela te manipula, ou seja consegue te levar no papo de um jeito ou de outro e quando você  se dá conta, faz tudo o que ele ou ela quer? valem ai ameaças de separação, greve de sexo, doenças terminais com efeitos especiais de sonrisal na boca, ou então fazendo a Lilian : “sou rebelde por que o mundo quis assim…”
Desculpe… cê tá ferrado! Acorda Alice! o coelho branco é um grande hijo de la puta… para de correr atrás dele e Seja ou “Seje” se prefererir!!!!

alice-24
Você deve fidelidade a você, do contrário não vai conseguir oferecer isso a ninguém… sempre vai ser pela metade. O lance é serem duas laranjas inteiras que se completam e não metades que deixaram metades abandonadas pelo caminho… pode acreditar a metade de você que foi abandonada está te fazendo a maior falta…se ainda não percebeu, perceba antes que ela apodreça em algum atalho de sua história.Quer saber?por a culpa nos filhos (se tiver , e que vão dar linha depois pra viver a vida deles) fica feio né?!
Alimentar doença dos outros serve de álibi para as nossas… eu hein?!!
E outra… se a relação acabou em clima de paz, seja generoso (a) deixa o outro livre… manipulação movida por sentimento de posse faz a Escrava Isaura pular no túmulo! …é isso é sutil hein colega?! as vezes…
Chega, tô muito auto-ajuda né não?


Ps  Escrevendo isso quase numa psicografia (hehehe) e não to com saco pra  revisar, sorry … mas o sono veio com força agora…