terça-feira, 28 de outubro de 2008

Expressividade, sinais e mais coisas acho...

terça-feira, 28 de outubro de 2008



A efusão de pensamentos borbulha cabeça afora e não tem como evitar, na verdade nem quero... Afinal, quanto mais me expresso, mais vontade de expressar tenho, e o diagnóstico da história é :
- Sou um expressivo crônico!


Tenho percebido que minhas inquietudes podem ser produtivas ao invés de amansadas. As inquietudes viram doença, se não nos permitimos falar com tudo a que temos direito.Temos sempre em nós a obrigação - ainda que velada - de sermos conexos o tempo todo, e isso é um saco. Aliás um verdadeiro chute nele ou para a parte feminina entender: um soco nos peitos. Reza a lenda que é a comparação mais correta, bem nunca saberemos, pois, ou se tem um ou o outro - peito de homem é diferente - graças a Deus! muita coisa pendurada junta deve fazer mal pra coluna, apesar de que me lembrei de algo:
- Não sei se peito de travesti dói igual ao das mulheres, mas vá saber?! a ciência evoluiu tanto que pode produzir facim, facim um peitão dolorido de silicone ou coisa que o valha.

Falando nisso, em expressar-se com tudo o que se pode e de peitos, me lembrei de um filme que sempre passava nas sessões da tarde - no tempo que existia tarde - o filme chamava-se "Elvira a rainha das trevas". Engraçado lembrar da performance que ela fazia no final, usando uns penduricalhos na ponta dos peitos e fazendo malabarismos com estes, que se moviam na direção horário e anti simultaneamente. Depois cada um ia pra um lado em movimentos opostos, algo que só mesmo alguém que tem muito peito pode fazer.Não dava nem pra moleque erotizar de tão "Du Soleil” que era, se fosse tentar mais tarde - em alguma aventura solitária- iria ficar tonto pensando naquelas bolonas girando indiscriminadamente.

Admiro quem se expressa com facilidade - uma vez peguei um ônibus e fiquei sentado ao lado de dois caras surdos que conversavam com linguagem de sinais. Quase enlouqueci de tanto que eles falavam! era sem parar. Tinha um deles que era do tipo gozador e contava umas piadas com mãos de maestro, que fazia o outro quase rolar de gargalhadas silenciosas, e eu ali me sentindo
excluído, invejoso por não poder rir do que eles compartilhavam...
Embora, algumas vezes tivesse a nítida impressão de que eu era o alvo de muitas daquelas risadas pois deviam sacar que só eles e a Xuxa sabem linguagem de sinais. Hahaha sarcasmo escancarado!
- E outra: acreditem! surdos também podem ser malvados.

Sei que no final já estava cuspindo fogo por causa daqueles tagarelas. Como em tudo nessa vidinha maomeno: expressividade demais também sobra. Especialmente quando a pessoa que está ao lado não sabe a bendita linguagem de sinais – não aqueles sinais pelo menos - e está indefesa .
Já me disseram que eu canto com o corpo também - que bom, isso me deixa muito feliz! pois com a alma eu tenho certeza. E se o corpo não acompanhasse a expressão interior... me sentiria uma marionete de mim mesmo.


18 contribuições para o avesso do Blog:

[Farelos e Sílabas] disse...

...

A expressividade é inata para quem vive atento, seja onde for e da maneira como for. Estás certo ao dizer que o corpo canta. Se ele fala, imagina então o que faz com as canções!

E como é eloqüente!

Expressão é, talvez, em último grau a palavra falada. Antes, porém, o rosto, os movimentos, o corpo inteiro. Isso faz parte do treinamento de intérpretes de Libras, o que também sou. Falamos com as mãos, com o corpo, com a expressão facial.

Bom que todos se interessassem pelo segundo idioma OFICIAL do Brasil (Lei Federal de abril de 2002, assinada pelo presidente FHC e já regulamentada em 2005 pelo presidente Lula).

...

Michelle Dangeli disse...

Huahuahuahuahua, assisti muito esse filme. Apesar do "visu" assustador Elvira era uma gracinha de pessoa, hehehe. Tá eu não sei alinguagem dos sinais, mas sei o alfabeto... já é alguma coisa. Também não tô nem aí, não ligo muito de ser coerente, expressão é algo muito pessoal e essa sai da maneira que mais nos demonstra.

Beto Canales disse...

Fiquei curioso para ver o filme. hehe Deve ser uma "pérola" do cinema mundial...

Cara, fiquei intrigado. Nunca tive o prazer de ver dois surdos conversando assim, avidamente... deve ser muito legal... E quanto a estarem falando de ti, é bem provável, o sujeito "quietão" ali atrás...
hehe

Myself disse...

Uma vez meu namorado disse que eu lembrava a Elvira.
Mas com certeza (e infelizmente) não foi pelos peitos,rss!
O que me deixou mal.

Adorei seu blog!!!

Beijão!!!

Felipe Lima disse...

Ai, que saudade da Elvira...

Alessandra Castro disse...

Já peguei num peito de travesti. Acho que era silicone industrial ó. :D

nina disse...

Chame de espirito feminista, se achar q convem. Mas ao ler o seu post, me lembrei da Mulher Melao. A mulher de muito peito e pouco cerebro. Tosca, ridicula, sem principio. uma berraçao da natureza.

Gostava muito do filme da Elvira. Aquilo q ela fez com os peitos eh ateh uma dança especifica, sabia? Até a Maitê Proença jah fez, serio! Imagina soh!

Procura no Google. Bjo.

Robson Schneider disse...

Obrigado pessoal... uma das cenas que mais curto é quando ela é achada na cestinha, um bebê já com o visual de adulta.

Juh... disse...

hehe
pelo visto alguem aki sabe se expressar muito bem!
;D
adorei seu modo leve de escrever
;***

Cara de 30 disse...

Robson,

Quando se achar alvo de piadas de surdos, mostre o botão de sua camisa para um deles e se prepare para sair correndo. huahauahuahua... Essa foi meu pai quem me ensinou. :)

Com relação à expressividade... Isso é natural, amigo. Relaxe e deixa fluir pelos dedos, quando for escrever, ou pela voz, quando estiver cantando ou falando.

Da Elvira só dá pra lembrar mesmo dos peitos, sem querer parecer machista outra vez. É que ela era uma péssima atriz e só estava lá pra colocar os peitos no filme, né?! Vamos falar a verdade... :)

Abraço.

Beto Canales disse...

hehehe....

Anônimo disse...

hahahahahaahahahahaahahahaha, viu como nem todos os "horrendos" são perigosos, hahahahahaha.

e me desculpe pela demora em responder, mas é a Brasiltelecon me abandonou. hahahaha



sorte e luz.

Jana Lauxen disse...

Nossa, eu sempre fui e sempre serei absurdamente fã da Elvira.
E sobre essa coisa de expressividade, acho que nos comunicamos o tempo inteiro - até quando ficamos calados.

Abraço
:)

Robson Schneider disse...

Obrigado pelos comentários pessoal
nossa! quanta gente conhece a Elvira... Na boa, eu acho que ela atua super bem representando a si mesma hehehehee

Conde Vlad Drakuléa disse...

Muuito boa essa vampira mesmo, aliás, essa atriz que viveu a Elvira foi processada pela verdadeira vampira, na qual foi baseada a Elvira, aquela criada pela bela atriz Maila Nurmi, que trabalhou com um dos meus grandes intérpretes, Bela Lugosi naqueles filmes do Ed Wood da década de 50... Memorável!!!
Acho que todas as inquietudes podem ser produtivas, pois grandes obras da literatura foram fruto de grandes inquietações de seus escritores! Tudo o que inquieta nos convida a descoberta, a exploração, é quase que uma compulsão eu acho! Eu não me vejo "conexo" o tempo todo, aliás acho que devo ser a criatura mais desconexa da Terra, é tudo uma questão de ter um bom modem, he,he,he, essa Elvira aí tem uma banda larga e tanto! Mas conexões e desconexões fazem parte da existência... E "por Tutatis" tens razão, surdos e mudos podem ser tão maldosos quanto os não-surdos-mudos... Afinal, são humanos também né? Grande abraço do conde, adorei o post, genial!!!
Voei!

T disse...

Elvira..gente, eu era pequena, quando vi o filme pela primeira vez. E ó que faz uns bons anos!
Bjs

Michele Moura disse...

Elvira! Que lembrança fantástica!

Inclusive era ela vítima do preconceito da mulherada [literalmente] despeitada da cidade por ser crônica e extravagantemente expressiva!

Eu fico fascinada quando vejo pessoas surdas (ou não) que são capazes de se comunicar pela linguagem de sinais.

"E outra: acreditem! surdos também podem ser malvados."

Acredito sim. Eles são humanos como nós: têm os mesmos vícios e defeitos.

Se nós os achamos "deficientes" por não poderem escutar é compreensível que eles nos achem "deficientes" por não sabermos usar (conscientemente) as mãos e o corpo para nos comunicarmos.

Lei da vida: perde-se de um lado, ganha-se de outro. Quando um dos nossos sentidos não se desenvolve tão bem quanto deveria, é certeza que algum outro se desenvolverá magnifcamente. De alguma maneira, ainda que precária, tendemos ao equilíbrio...

:)

bjos meu querido

Robson Schneider disse...

Viva Elvira hahahahaha